A presidente Dilma Rousseff (PT) manteve no início de maio o patamar de intenção de voto
obtido em pesquisa realizada na primeira semana de abril, mas viu seu adversário mais próximo, Aécio Neves (PSDB), avançar no mesmo período.
obtido em pesquisa realizada na primeira semana de abril, mas viu seu adversário mais próximo, Aécio Neves (PSDB), avançar no mesmo período.
O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não ganhou nem perdeu terreno desde abril e segue como a terceira força da corrida eleitoral.
No cenário eleitoral mais completo pesquisado pelo Datafolha, Dilma Rousseff tem atualmente 37% das intenções de voto, uma oscilação negativa em relação ao obtido em abril (38%).
Os adversários da petista, juntos, somam 38% das intenções de voto, o que deixaria em aberto a realização de um segundo turno, se a eleição fosse hoje.
Em pesquisa realizada em meados de fevereiro, contra os mesmos pré-candidatos, ela atingia 44%, ante 30% de seus adversários reunidos.
Na pesquisa atual, no mesmo cenário, o senador mineiro Aécio Neves aparece em seguida, com 20% das intenções de voto, alta de 4 pontos na comparação com abril (16%). Está à frente de Campos, que obteve 11%, oscilando 1 ponto em relação a abril, quando tinha 10%; do Pastor Everaldo Dias (PSC), que aparece com 3%; e de José Maria (PSTU), Denise Abreu (PEN), Eduardo Jorge (PV) e Randolfe Rodrigues (PSol), que aparecem com 1% cada.
Os nomes de Mauro Iasi (PCB), Levy Fidelix (PRTB) e Eyamel (PSDC) não receberam indicações de voto. Votariam em branco ou nulo, neste cenário, 16% dos brasileiros, índice que representa queda em relação a abril (20%), e 8% não opinaram (em abril, 9%).
A partir desta rodada, o Instituto Datafolha passa a divulgar separadamente as intenções de voto e os demais resultados de suas pesquisas eleitorais nas regiões Norte e Centro-Oeste. Até então, os resultados dessas regiões, as menos populosas do país, eram divulgadas de forma conjunta.
Essa novo panorama mostra que a candidatura de Dilma mostra mais força nas regiões Norte (53% das intenções de voto) e no Nordeste (52%), mas tem índices abaixo da média no Sudeste (30%), Sul (29%) e Centro-Oeste (30%). O pré-candidato tucano tem seu melhor índice no Sudeste (27%), onde empata com a petista (30%) na primeira colocação. Na região Sul, destaca-se a taxa de indecisos (21%), equivalente à preferência por Aécio (19%).
A análise por nível de escolaridade mostra que Aécio ganhou pontos, principalmente, entre os que estudaram até o ensino fundamental (foi de 12% para 18% entre abril e maio), oscilando entre os que estudaram até o ensino médio (de 17% para 21%) ou até o ensino superior (de 25% para 24%).
Foi justamente entre os que estudaram até o ensino fundamental que a petista sofreu seu maior recuo (de 47% para 42%), queda em parte compensada pelo avanço entre os mais escolarizados (de 22% para 28%).
Em outro cenário, quando a disputa se dá somente entre Dilma, Aécio e Campos, a petista tem a preferência de 41%, ante 22% do tucano e 14% do socialista. Em abril, esses índices eram de 43%, 18% e 14%, respectivamente. A taxa de votos em branco ou nulo é de 16% (em abril, 19%), e 7% estão indecisos (ante 6% na pesquisa anterior).
Em uma disputa em que a Dilma fosse substituída por Lula como nome do PT para a disputa presidencial, o ex-presidente se sairia melhor: no cenário mais competitivo, com mais candidaturas, ele teria 49% das intenções de voto, à frente de Aécio (17%), Campos (9%), Pastor Everaldo (2%), José Maria (1%), Denise Abreu (1%), Randolfe Rodrigues (1%) e Eduardo Jorge (1%). Votos em branco ou nulo somariam (12%), 7% não opinaram, e os nomes de Mauro Iasi, Levy Fidelix e Eymael não atingiram 1%. Consultado pela primeira vez, este cenário não tem comparação com levantamentos anteriores.
A simulação da disputa envolvendo somente Lula, Aécio e Campos mostra que, entre abril e maio, a preferência pelo petista se manteve estável (em 52%), Aécio passou de 16% para 19%, e o ex-governador de Pernambuco ficou estável (11% em ambos os levantamentos). Indicações de voto em branco ou nulo caíram de 16% para 12%, e a taxa de indecisos oscilou de 5% para 6%.
Na pesquisa espontânea, quando nenhum nome é apresentado aos respondentes, Dilma foi apontada por 20%, mesmo índice obtido em abril, enquanto Aécio passou de 3% para 6% no mesmo período. Também foram mencionados espontaneamente os nomes de Lula (3%), Eduardo Campos (2%) e Marina Silva (1%), além de referências a qualquer candidato que não do PT ou menos na Dilma, que somaram 1%. Outros nomes citados não atingiram 1%, 12% afirmaram votar em branco ou nulo, e 49% não souberam responder (em abril, eram 52%).
Nos dois cenários de segundo turno consultados pelo Datafolha Dilma continua na liderança, mas viu sua vantagem diminuir. Contra Aécio, ela tinha 50% em abril e agora tem 47%, enquanto o tucano avançou de 31% para 36%. Nesta disputa, 12% votariam em branco ou anulariam, e 5% não souberam responder.
Tendo o ex-governador de Pernambuco como adversário, Dilma tem 49% das intenções de voto (em abril, 51%), ante 32% de Campos (em abril, 27%). Votariam em branco ou nulo nessa disputa 13%, e 5% não souberam responder.
O desejo de que as ações do próximo presidente sejam na maior parte diferentes das ações do atual ocupante do cargo é compartilhado por 74% dos brasileiros, índice ligeiramente superior ao registrado em abril (72%).
Uma fatia de 22% deseja que as ações sejam iguais, e 4% não souberam responder. Entre os nomes apresentados pelo Datafolha, Lula é visto como o mais preparado para realizar mudanças no Brasil por 38%.
Em seguida aparecem Aécio (19%) e Dilma (15%) e Eduardo Campos (10%). Para 9%, nenhum deles é o mais preparado para realizar mudanças no país, e 9% não opinaram sobre o tema.
O movimento ensaiado em alguns setores da sociedade e da classe política em torno do "Volta, Lula" encontra respaldo na opinião da população. Para 58%, o candidato do PT à Presidência da República em 2014 deveria ser Lula, 19% avaliam que deveria ser Dilma, 18% acreditam que nenhum deles deveria ser o candidato do PT, e 5% que não opinaram.
O apelo por Lula fica acima da média entre os jovens (67%) e abaixo da média entre os mais velhos (46%). Também é proporcionalmente maior a preferência pelo ex-presidente no Nordeste (67%) e no Norte (61%). Entre os que tem o PT como partido de preferência, 75% gostariam de ver Lula como candidato do partido.
Entre Dilma, Lula, Aécio e Campos, 37% acreditam que a atual presidente irá vencer a eleição em outubro. O segundo mais citado é Lula (23%), e em seguida aparecem o senador mineiro (11%) e o pré-candidato do PSB (4%). Uma fatia de 24% não opinou sobre a expectativa de vitória.
Dilma, Aécio e Campos são rejeitados por cerca de um terço dos potenciais eleitores brasileiros
O grau de conhecimento do pré-candidato Aécio Neves pela população registrou leve avanço entre abril e maio: passou de 75% para 78%, sendo que destes apenas 17% o conhecem muito bem, 25% o conhecem um pouco, e 36%, só de ouvir falar.
O conhecimento sobre Eduardo Campos oscilou de 58% para 60% no mesmo período, sendo destes somente 7% o conhecem muito, bem, e os demais o conhecem um pouco (18%) e só de ouvir falar (35%).
Os mais conhecidos pela população continuam a ser os petistas Lula (100% de conhecimento, sendo que 65% o conhecem bem) e Dilma (99% de conhecimento, sendo que 52% a conhecem bem).
A presidente Dilma Rousseff é rejeitada por 35% dos brasileiros, que não votariam nela de jeito nenhum no 1º turno da disputa presidencial. Em patamar próximo aparecem Campos (33% de rejeição) e Aécio (31%), e com a menor rejeição entre os nomes consultados está Lula, rejeitado por 17%. Uma fatia de 10% não rejeita nenhum deles, 4% rejeitam todos, e outros 6% não opinaram.
Na comparação com abril, a taxa de rejeição de Dilma oscilou 2 pontos para cima (era de 33%), a de Aécio oscilou 2 pontos para baixo (era também de 33%) e a de Campos se manteve igual.
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