O prefeito de Potiretama, Luan Dantas (PP), e secretários do Município foram alvo de uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), deflagrada na manhã
desta terça-feira (30) para apurar denúncias do cometimento de crimes contra a administração pública, relacionadas a suposto superfaturamento de contratos na aquisição de combustíveis para veículos da frota da Prefeitura.A ação do MPCE contou com apoio da Polícia Civil. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Potiretama, Alto Santo e Iracema. Além do gestor municipal e dos auxiliares, foram expedidas ordens para que a polícia pudesse colher informações e realizar prisões de ex-secretários municipais e sócios de um posto de combustíveis da localidade.
As irregularidades teriam ocorrido em contratos provenientes de licitações realizadas entre 2021 e 2022. A Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) identificou que ocorreu um aumento expressivo na despesa com a aquisição de combustíveis a partir de 2021 quando comparado com o período anterior à gestão atual.
No final da manhã, Dantas utilizou suas redes sociais para se posicionar sobre o caso. Segundo a publicação, ele não se encontrava em sua residência no momento em que os agentes realizaram a batida, no entanto, assegurou o comunicado, “não tiveram dificuldades para o cumprimento das ordens”.
“O prefeito Luan Dantas e os secretários estão surpresos com as ordens, tendo em vista que sempre prestaram as devidas informações aos órgãos de fiscalização e já haviam fornecido tais documentos a integrantes da Procap, que no ano passado haviam realizado uma inspeção presencial”, disse um trecho da nota.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com o MP, entre 2017 e 2020 foram gastos em combustíveis R$ 4.108.739,03, enquanto de 2021 até fevereiro de 2024, o valor chegou a R$ 8.224.261,43, mesmo sem ter ocorrido um aumento da frota de veículos do município. O acréscimo, pelo que constatou o órgão, foi superior a 100%. A fiscalização também estaria sendo deficiente.
Pelo que indicou o Ministério Público, além do superfaturamento, o prefeito seria um dos sócios que fundaram o estabelecimento onde estaria acontecendo o crime e saiu do quadro em 2020, quando se candidatou para o cargo. Sua esposa seria irmã da companheira do antigo sócio no negócio.
O juiz que expediu os mandatos, Eduardo de Castro Neto, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), determinou ainda a quebra do sigilo fiscal de todos os envolvidos.
Conforme apurou o Diário do Nordeste, foram apreendidos durante a operação aparelhos celulares, computadores e documentos relacionados à administração do Município.
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