Parte do quadro de servidores do Instituto Dr. José Frota (IJF) paralisou os serviços, no início da tarde desta quinta-feira (12), por conta da falta de alimentação no hospital.
Segundo relatos recebidos pelo Diário do Nordeste, o problema afeta pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde, que denunciam que nenhuma refeição foi servida até o horário do almoço.
A paralisação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará (Sindsaúde/CE), José Quintino Neto, pelo diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará (SIMEC-CE), Maurício Granja, e por colaboradores da unidade de saúde, como técnicos de enfermagem e instrumentistas que atuam no centro cirúrgico.
Os servidores entoam o coro de “O IJF está sofrendo!” e “Criança com fome, IJF não funciona!”. Ainda não há informações de quantos profissionais suspenderam os serviços, mas relatos indicam que apenas o setor de emergência não deve ser paralisado.
“O centro cirúrgico parou porque não tem condição de ninguém entrar em sala de cirurgia pra operar com fome, não teve comida para absolutamente ninguém hoje. Refeição para ninguém, trabalhadores, pacientes, acompanhantes. As crianças com fome, não vieram comida pra criança, pra idoso, pra diabéticos, pra absolutamente ninguém”, relatou uma servidora, que não será identificada por questões de segurança.
Registros recebidos pela reportagem mostram profissionais da saúde se reunindo no pátio do IJF, por onde chegam as ambulâncias. Além disso, há imagens que mostram o refeitório do hospital vazio e sem funcionar.
O QUE DIZ A GESTÃO MUNICIPAL
O Diário do Nordeste acionou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o IJF para saber o panorama da paralisação.
Em nota, enviada às 15h17, a Direção do Instituto Dr. José Frota informou que, nesta quinta-feira (12), ocorreu um atraso na entrega das refeições destinadas aos pacientes internados, seus acompanhantes e funcionários. A gestão disse, ainda, que a situação teria sido resolvida junto ao fornecedor responsável.
“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça que está em contato direto com o fornecedor e adotando todas as medidas necessárias para garantir a regularização definitiva do serviço”, complementa a nota da Pasta.
RELATOS APONTAM QUE PROBLEMAS PERSISTEM
No entanto, a versão do Paço Municipal é rebatida por servidores que estão na paralisação. Segundo eles, o problema não foi solucionado e o hospital segue sem distribuir refeições.
Conforme informações da enfermeira do setor de Pediatria, o almoço para as crianças chegou por volta de 15h20. Até o horário, profissionais de saúde e demais servidores e pacientes não haviam recebido a refeição. DN
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