O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou com pedidos de cassação contra os prefeitos e vices eleitos em Moraújo e Coreaú.
Entre as acusações, abuso de poder econômico e compra de votos no pleito realizado em outubro de 2024.
Com os novos pedidos de cassação, subiu para dez o número de prefeitos eleitos que se tornaram alvos do MPE por supostas irregularidades nas eleições de outubro do ano passado.
Além de Moraújo e Coreaú, também foram alvos do órgão os prefeitos eleitos nos municípios de Aracati, Canindé, Choró, Ipu, Limoeiro do Norte, Quixeré, Barroquinha e Santa Quitéria.
Em Aracati, a prefeita eleita, Roberta de Bismarck, e a vice, Ana Mello de Bismarck, enfrentam acusações por suposto abuso de poder e captação ilícita de sufrágio. A denúncia envolve ainda o deputado estadual Guilherme Bismarck e o atual prefeito, Bismarck Maia.
Em Choró, o prefeito eleito, Bebeto Queiroz, está foragido após operação que aponta irregularidades em contratos públicos. Ele chegou a ser preso em novembro, mas foi liberado e voltou a ser alvo de investigações da operação Vis Occulta, da Polícia Federal (PF), que apura suposta compra de votos em diversos municípios cearenses.
Em Canindé, Professor Jardel e seu vice, Ilomar Vasconcelos, são acusados de suposto recebimento de apoio financeiro ilícito de uma organização criminosa para a contratação de carreatas e compra de votos.
Segundo o MPE, a investigação começou após a detenção de um homem, no dia 3 de outubro de 2024, em Tianguá. Na abordagem, foram encontrados R$ 1.950,00 em espécie, "santinhos" dos então candidatos e quatro listas manuscritas com nomes de possíveis eleitores. Os três políticos expostos no material foram eleitos.
Também foi apreendido um aparelho celular, que está em análise no Núcleo de Inteligência da Polícia Civil de Sobral. A investigação comprovou a relação próxima, pessoal e direta entre o homem detido e os então candidatos de Coreaú.
Em Limoeiro do Norte e Quixeré, os prefeitos e vices eleitos enfrentam ações por suposto aumento irregular de servidores e utilização de recursos públicos para fins eleitorais. As acusações incluem assédio moral, propaganda ilegal e contratações em período vedado.
Segundo o MP Eleitoral, o atual prefeito e a vice, na época ainda candidatos, ofereceram pessoalmente dinheiro e empregos a eleitores e seus familiares em troca de apoio político. Os valores oferecidos aos eleitores variavam de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil e eram parcelados. Ainda de acordo com o órgão, também estão envolvidos no esquema o pai do prefeito e outros cinco cabos eleitorais.
Em Ipu, o MP pediu a cassação da prefeita eleita, Milena Damasceno, e da vice, Arlete. Na ação contra a chapa da gestora eleita em 2024, o órgão pediu a cassação do registro de candidatura por suposto abuso de poder político e econômico.
Em Barroquinha, o prefeito reeleito, Jaime Veras, e sua vice, Carmem Lúcia, são acusados de suposto abuso de poder político e econômico. Entre as irregularidades, está a distribuição de eletrodomésticos para os eleitores, como geladeiras e airfryers.
Em Santa Quitéria, o prefeito reeleito, Braguinha, é investigado por suposta interferência de uma organização criminosa nas eleições, que resultaram na reeleição do chefe do Executivo municipal. CN7
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