A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (27), no município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Um dos locais visitados pelos agentes foi uma sala localizada no prédio da Secretaria das Relações Institucionais, situada na sede da Prefeitura.
A Operação Vale Voto investiga crimes eleitorais ocorridos durante o primeiro turno das eleições municipais de 2024. Os policias também estiveram em um imóvel residencial no bairro Pajuçara, suposto local onde ocorreu a prática ilegal no ano passado.
A gestão municipal, por meio de nota, disse desconhecer o motivo da operação e reforçou não ter "vínculo com supostos crimes eleitorais". O Município acrescentou ainda que, "pelas informações disponíveis", o alvo das investigações é um vereador.
Investigações
As investigações começaram a partir de denúncias recebidas no dia da eleição relatando intensa movimentação de eleitores em uma residência no bairro Pajuçara. À época, equipes da Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar, realizaram diligências no local e constataram indícios da prática de compra de votos. Durante as abordagens, eleitores confirmaram ter recebido valores em troca do voto.
Informações colhidas no local, aliadas a depoimentos posteriores, reforçaram os indícios de um esquema estruturado de corrupção eleitoral.
Na operação desta quinta-feira, a PF apreendeu celular e um montante em dinheiro vivo.
Os investigados poderão responder pelos crimes de compra de votos (art. 299 do Código Eleitoral), associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e transporte irregular de eleitores (art. 302 do Código Eleitoral). As penas somadas podem chegar a até 13 anos de reclusão, além das sanções eleitorais cabíveis.
O que diz a Prefeitura
Em nota enviada ao PontoPoder, a Prefeitura de Maracanaú informou que não houve "arrecadação de qualquer bem" no prédio público durante a operação.
"A Prefeitura de Maracanaú, por meio desta nota, vem informar que, até a presente data, não tem conhecimento do teor meritório da busca e apreensão ocorrida hoje, 27, na Secretaria das Relações Institucionais. Esclarecendo também que a Administração Municipal não tem nenhum vínculo com supostos crimes eleitorais, que por ventura ocorreram nas municipais de 2024. Vale ressaltar que, pelas informações disponíveis, os procedimentos são voltados à pessoa física de um candidato a vereador, nas eleições de 2024. Acrescenta ainda que não houve nenhuma determinação prisional, tratando-se exclusivamente de mandado de busca e apreensão", diz o texto.PONTO DO PODER
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