O lançamento do “Campo Popular” no PT do Ceará, neste sábado (12), com a candidatura do ex-deputado estadual
Antônio Carlos à presidência do diretório municipal de Fortaleza, marca um movimento estratégico que pode alterar a correlação de forças no partido.Mesmo com a negativa pública do governador Elmano de Freitas sobre envolvimento direto na articulação, o novo grupo nasce, nos bastidores, como uma iniciativa de aliados próximos ao chefe do Executivo cearense e ao ministro da Educação, Camilo Santana, com potencial de disputar o protagonismo interno com os campos sólidos liderados por José Guimarães e Luizianne Lins.
Historicamente polarizado entre o Campo Democrático — comandado por Guimarães — e o Campo de Esquerda — sob a liderança de Luizianne — o PT cearense tem agora o surgimento de uma terceira força com capacidade de interferir nas decisões da legenda.
A novidade ocorre em um contexto de reestruturação interna do PT nacional, que amplia a importância da disputa pelas direções estaduais e municipais como etapas decisivas na construção dos projetos eleitorais de 2026.
Nos bastidores, o Campo Popular tem buscado apresentar-se como um espaço de diálogo e de alinhamento das bases partidárias com os governos Lula, Elmano e Evandro Leitão, atual prefeito de Fortaleza. A articulação reúne quadros históricos do partido, parlamentares e lideranças dos movimentos sociais.
Entre as lideranças estão, além de Antônio Carlos, nomes como os deputado Acrísio Sena e Messias do MST, o vereador João Aglaylson, e o ex-vice-governador Professor Pinheiro.
Formação de alianças para 2026
Com a formalização do novo grupo, os aliados de Elmano e Camilo ganham musculatura para enfrentar os debates internos e ampliar sua influência na montagem da chapa majoritária de 2026 — especialmente no intrincado processo de definição das vagas ao Senado.
O quadro político atual do PT cearense ainda é de impasse quanto à escolha do nome que irá compor a chapa ao Senado. Guimarães e Luizianne já estão lançados como pré-candidatos, o que tende a acirrar a disputa.
Nos bastidores, porém, aliados do governo Elmano e de Camilo Santana ventilam outros nomes, em busca de uma alternativa viável que una o partido e os aliados. Nessa lista aparecem figuras de proa da ala governista, como o secretário da Casa Civil, Chagas Vieira, e o presidente da Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri (PSB).
A formação da chapa majoritária, por sinal, exigirá do PT habilidade não apenas para resolver seus conflitos internos, mas também para negociar com os partidos da base aliada, fundamentais para garantir a governabilidade e a vitória em 2026. OPINIÃO/INÁCIO AGUIAR
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