Com a aproximação do calendário eleitoral de 2026, o cenário político no Ceará começa a tomar forma.
A um ano do prazo de desincompatibilização para os ocupantes de cargos no Poder Executivo que desejam disputar mandatos, as articulações ganham corpo nos bastidores.
A eleição estadual tende a repetir a polarização entre esquerda e direita, com o atual governador Elmano de Freitas (PT) como nome mais forte do campo progressista e ao menos uma candidatura representando a direita, ainda em fase de consolidação.
Embora o nome do principal adversário da direita ainda esteja em aberto, a oposição já se movimenta em torno de possíveis pré-candidatos. E, especificamente sobre a oposição, há uma possibilidade real de haver mais de um postulante no bloco, sobretudo diante da fragmentação dos grupos de direita e centro-direita no estado. Até agora, ao menos seis nomes já foram citados nos bastidores como potenciais concorrentes ao Palácio da Abolição.
Elmano de Freitas (PT)

Atual governador, é o nome natural para a reeleição. Indicado por Camilo Santana em 2022 e vitorioso ainda no primeiro turno, Elmano busca se consolidar como liderança no partido e está tendo respaldo das principais lideranças, inclusive do presidente Lula. Apesar de ainda não ter dito oficialmente ser candidato à reeleição, é praticamente certa a empreitada, inclusive como já dito por lideranças como o ministro Camilo Santana, sinalizando continuidade do projeto petista no Ceará.
Eduardo Girão (Novo)

Senador e empresário, Girão anunciou publicamente no início de março sua pré-candidatura ao governo estadual. Ele defende a construção de uma frente ampla de oposição. Ele já confirmou que não irá concorrer a novo mandato no Senado por se considerar contra a reeleição. Girão vem adotando uma linha de crítica ao atual governo e tenta se consolidar como o nome da direita, apoiado em pautas conservadoras e em sua trajetória como gestor no setor privado.
Roberto Cláudio (PDT)

Ex-prefeito de Fortaleza e candidato ao governo em 2022, ele segue fazendo articulações nos bastidores. Mesmo após a derrota no último pleito, mantém-se como uma das figuras com capital político dentro do grupo pedetista. Sua recente aproximação com lideranças de direita e centro-direita pode sinalizar uma eventual composição ou mesmo nova tentativa de candidatura, dependendo da costura das alianças. Aliados têm dito que há disposição dele de ir para uma nova candidatura.
Moses Rodrigues (União Brasil)

Deputado federal em terceiro mandato, também já foi ventilado como possível pré-candidato ao governo. Com atuação na Câmara dos Deputados, Moses tem ampliado sua interlocução política dentro e fora do partido, principalmente depois da vitória de seu grupo político na Prefeitura de Sobral no ano passado. O pai dele, Oscar Rodrigues, prefeito de Sobral, ventilou a possibilidade de o filho colocar o nome ao Partido para a disputa majoritária.
Ciro Gomes (PDT)

Ex-governador e ex-ministro, também foi citado como possível candidato por aliados, embora ele próprio não tenha manifestado intenção de concorrer. Aliás, recentemente, em jantar com aliados em Brasília, Ciro foi questionado sobre uma possível candidatura à Presidência da República, mas não demonstrou disposição para isso.
Figura central do pedetismo no Ceará, Ciro pode ser acionado em um cenário de dificuldade para o grupo que lidera politicamente. Sua eventual candidatura dependeria de conjuntura favorável e de uma estratégia clara de retomada de influência eleitoral.
Cenário ainda incerto
Com a proximidade do prazo de desincompatibilização, os próximos meses serão decisivos para a definição de candidaturas e alianças. A polarização segue como tendência, mas o quadro ainda está aberto. A possibilidade de mais de uma candidatura no campo oposicionista torna o cenário ainda mais imprevisível, com potencial para novos arranjos que podem mudar o rumo da disputa no Ceará. PONTO DO PODER
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